Uma polêmica lançada pelo membro Ricardo Bruini rendeu uma discussão bastante acalorada em um grupo sobre fotografia no Facebook. Em uma postagem, o profissional questiona os elogios aos materiais postados sem uma avaliação técnica de se o produto está bom ou não.
“Tenho a impressão que a área de fotografia/audiovisual se tornou uma enorme live NPC, na qual as pessoas fazem absolutamente qualquer coisa, uma multidão aplaude, e ainda tem gente que paga pra ver aquilo”, inicia ele.
O profissional afirma que as pessoas estão confundindo apoiar com iludir, ao não identificarem erros básicos na captação de fotografia e com a enorme quantidade de “fotógrafos” (aspas dele) dizendo que “ficou excelente”, “parabéns”, “ficou show”, em imagens com erros técnicos e estéticos evidentes, apesar de não citar um exemplo específico.
Para Bruini, o papel dos profissionais com experiência, ao ver o erro de um colega, principalmente se for iniciante, é apontar o erro, dizer que não está bom e mostrar como fazer da forma correta.
Ele também questiona o fato de os materiais terem sido aprovados pelos clientes como prova da qualidade técnica dos mesmos. “A maioria dos clientes não sabe se algo está bom ou não e nem tem a noção de que aquilo que lhes foi entregue poderia ser melhor”, justifica.
Reações nos comentários
A participante Aline Oliveira afirmou que a arte é livre e que a não cabe seguir todas as regras, ao que Bruni discordou: “fotografia não é arte. Se você está vendendo, é um produto”.
A fotógrafa Sara Silva, por sua vez, afirma ter desistido das fotos sociais devido ao pedidos de edição dos clientes, que acabam tornando os resultados por demais artificiais.
O assunto rendeu dezenas de comentários, alguns concordando e outros criticando.
Márcio Martins
Jornalista
Redação Latitude