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LUCIANA MARTINS

A fotografia de família

 

A fotografia de família pode abranger diversas vertentes e estilos, sendo infinitamente mutável. O ser humano está em constante movimento. As mentes, as emoções e as ações fluem em diversas direções e nós como fotógrafos, precisamos observar e acompanhar isso, traçando nosso perfil e nossa evolução de acordo com o que desejamos ou precisamos.

Adaptar-se ao mercado é essencial. Perceber o que as pessoas desejam e se identificam faz parte de todo esse ciclo de sensibilidade que deve ser inerente ao fotógrafo. Porém, buscar na intimidade de cada um de nós o que nos alegra e nos fortifica a cada dia pode ser a grande chave do sucesso. Onde há verdade, há força. E creio que é essa força que se faz realmente necessária no mercado de trabalho. Essa fotografia raiz, fotografia alma, fotografia coração, é a melhor forma de entender a fotografia de família.

Sabemos que a sociedade busca por tendências em todas formas de consumo. É importante sabermos nos vender como tendência, baseado naquilo que acreditamos.

Uma das coisas mais incríveis na fotografia é a capacidade que temos de enxergar coisas únicas.Cada um com o seu olhar é capaz de abraçar um mundo para si, produzindo de acordo com suas crenças e experiências.

Creio que o mercado possa influenciar sim em nossas atitudes, condutas e escolhas. Contudo, creio mais ainda que podemos desafiar essa grande massa e agir de acordo com nossa energia.

Somos ferramentas para a realização de muitos sonhos.

Fotografar para o ego é bom, mas melhor ainda é entregar sua caixinha de fotos e olhar no olho daquela pessoa que te escolheu e sentir que sua missão foi cumprida.

Entendo que o sucesso é a felicidade de nossos clientes – ao menos deveria ser! Nesse sentido, fica clara a necessidade de abrirmos mão de alguns apegos e preciosismos enquanto profissionais de fotografia de família.

A família é uma só, única. Cada qual com sua história, dificuldades, seu passado, uma série de desafios, superações, alegrias, esperanças. Cabe ao fotógrafo enxergar isso e processar devidamente as informações, os sinais, agindo com consciência e coração.

De qualquer forma, percebe-se uma evolução forte na fotografia de família, na qual a leitura do cotidiano está se fazendo através dos trabalhos documentais, de estilo de vida. Outros segmentos ainda buscam explorar a fotografia de estúdio, uns de uma forma mais clássica, outros indo atrás de novos horizontes. Os ensaios externos, inclusive os temáticos, sofrem diversas influências e também estão consolidados no mercado. Ainda defendo, que em qualquer segmento, o que há de ser marcante é a verdade. A mensagem fotográfica deve ser verdadeira e exclusiva. Certamente isso encanta e fideliza.

Considero que trilhar nosso caminho buscando produzir aquilo que nos encanta, que nos faz bem irá atrair pessoas com o mesmo pensamento.

É isso que precisa ser feito. Atrair os semelhantes para “sentir” juntos.

Nesse processo, se torna interessante que tenhamos em mente que não precisamos nos denominar primeiramente como artistas. Precisamos entender nossa missão e aceitar para si o real papel que temos na vida de cada um que passa por nós. Essencialmente nosso ofício é parar o tempo e presentear as famílias com aquilo que não volta mais.

 


Luciana Martins
Fotógrafa de família, lifestyle e documental
Santa Maria/RS
lucianamartinsfotografia.com
COLUNISTA LATITUDE

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