Por Evandro Veiga
A fotografia esportiva de esportes amadores tem ganhado destaque no Brasil, impulsionada pelo aumento de eventos esportivos e pela valorização de registros personalizados por atletas e entusiastas.
Podemos dizer que esse modelo é uma exclusividade brasileira. Plataformas de vendas de fotografias e vídeos já estão em expansão há algum tempo para América do Norte e Europa. É incrível a diferença de ganhos com venda de fotografias quando comparamos com a fotografia de eventos sociais.
A diferença está no tempo de retorno financeiro e principalmente no conceito: a tão ignorada (há alguns anos) inversão de risco.É sobre esse chão que hoje, clientes de inúmeros esportes amadores tem a possibilidade de possuir registros de qualidade profissional para exibirem em suas redes sociais.
Podemos dizer que estamos na alvorada dessa “nova profissão” no quesito abrangência, na disponibilidade de profissionais em eventos. Em 2026 a migração continua crescendo e iniciantes já começam suas carreiras com lentes de longo alcance e câmeras mais rápidas.
A Inversão de Risco Venceu
Para quem está começando na fotografia de esportes amadores, um dos maiores obstáculos costuma ser a incerteza sobre o retorno financeiro. No entanto, esse cenário mudou com a chegada de plataformas que funcionam sob demanda: o fotógrafo cobre o evento e só publica as imagens se houver potencial de venda — ou seja, sem custos antecipados com divulgação, galeria própria ou impressão.
É como se o profissional entrasse num jogo onde o campo já vem preparado e as regras favorecem quem tem talento e dedicação. Esse modelo reduz a exposição e permite que até iniciantes se lancem no mercado com mais segurança e controle.
É claro que educar a todos sobre conduta profissional, evolução técnica e ética são movimentos pontuais e urgentes.
Além disso, muitas dessas plataformas oferecem suporte técnico, vitrine automatizada, pagamento direto e funcionalidades como reconhecimento facial para facilitar a busca de fotos por atletas. Isso representa uma verdadeira realocação de garantias: o fotógrafo investe mais tempo do que dinheiro, e colhe retorno conforme a sua entrega e a movimentação do evento.
Em outras palavras, o esforço passa a valer mais do que o capital inicial.
Essa dinâmica tem sido essencial para democratizar o acesso ao mercado e dar fôlego a novos talentos que antes não conseguiam competir com grandes estruturas.
Oportunidade Real para Fotógrafos
Com o crescimento de eventos esportivos amadores, há uma demanda crescente por fotógrafos que possam capturar momentos únicos. As plataformas relatam que fotógrafos esportivos ganham, em média, R$ 3 mil mensais, com alguns ultrapassando R$ 100 mil por mês, especialmente em modalidades como futebol, futsal e beach tennis.
Além disso, o número de inscrições para eventos esportivos cresceu 45% em 2024, segundo dados da Ticket Sports.
Esse aumento reflete a maior participação popular em atividades esportivas, ampliando o mercado para fotógrafos especializados.
A fotografia esportiva de esportes amadores no Brasil apresenta-se como um mercado promissor, com oportunidades reais para fotógrafos que desejam diversificar sua atuação e aumentar sua renda. Com o suporte de plataformas especializadas e o crescimento contínuo de eventos esportivos, este é um momento oportuno para investir nesse segmento.
REDAÇÃO LATITUDE